Deep Sea 3D

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00:01:19 OCEANO PROFUNDO
00:02:49 Estes não são visitantes
00:02:54 Nem é ficção científica.
00:02:58 São reais.
00:03:00 São criaturas do nosso próprio mundo.
00:03:06 E o seu destino...
00:03:08 ...está ligado ao nosso.
00:03:43 As montanhas de coral elevam-se a quase
00:03:50 Formaram-se, mílimetro a mílimetro,
00:03:54 ...por milhares de milhões
00:03:57 Mas os animais não as fizeram sozinhos.
00:04:00 Diminutas plantas que vivem
00:04:03 ...captam a energia do sol para
00:04:08 Nem plantas, nem corais...
00:04:10 ...podem sobreviver
00:04:14 E essa é a chave...
00:04:15 A comunidade do recife constroi-se
00:04:25 Pequenos peixes vivem aqui.
00:04:32 E os peixes grandes
00:04:37 Aqui está um mero negro,
00:04:41 E está sempre esfomeado.
00:04:52 Mas para que a comunidade
00:04:55 ...a presa também necessita de
00:04:59 E a natureza tem formas engenhosas
00:05:06 O peixe sapo, por exemplo.
00:05:08 Esconde-se dos predadores
00:05:17 No seu disfarce...
00:05:18 ...o peixe sapo atrai o seu almoço
00:05:21 ...com uma cana de pesca
00:05:33 Peixinhos cristalinos.
00:05:35 Como mercúrio.
00:05:39 O mero negro da saliência
00:05:51 O brilhante cardume
00:05:55 É muito difícil para o mero
00:05:59 E com frequência fracassa.
00:06:08 Há mais diversidade aqui
00:06:13 E cada simples habitante,
00:06:17 ...até ao feroz tubarão tigre, deve
00:06:28 O equilíbrio entre predador e presa
00:06:33 Mas a comunidade permanece
00:06:36 ...devido às diversificadas relações
00:06:41 Às vezes...
00:06:43 ...até o próprio coral é uma presa.
00:06:49 A estrela do mar,
00:06:52 Ela come o coral.
00:06:54 Em quantidade demasiada, poderá
00:07:01 O caracol Triton
00:07:07 Mesmo sendo o caracol quase cego...
00:07:10 ...pode cheirar o rasto
00:07:15 Estas horríveis puas
00:07:20 Mas o caracol está imune a isso.
00:07:24 -O que é isso?
00:07:27 E ele vai a usar para perfurar
00:07:36 Depois injetará um veneno...
00:07:37 ...que dissolverá a estrela do mar
00:07:42 Ou seja, o caracol Triton
00:07:46 E isso ajuda a manter em equilíbrio
00:07:55 Até espécies diferentes
00:07:57 ...amiúde se ajudam umas às outras.
00:08:01 Esta é uma estação de limpeza.
00:08:03 Uma espécie de clínica
00:08:08 Este peixe manteiga com manchas
00:08:11 Este pequeno gobio limpador
00:08:14 ...arrancando e comendo parasitas.
00:08:19 Ambas as espécies se
00:08:21 Isto se chama simbiosis.
00:08:28 Outra estação de limpeza.
00:08:30 Longe deste lugar...
00:08:32 ...a barracuda poderia comer inteiro
00:08:40 Durante a limpeza, a barracuda
00:08:46 A estação de limpeza
00:09:06 As tartarugas marinhas verdes adoram
00:09:12 É como um spa submarino.
00:09:16 Incrivelmente,
00:09:19 Mas, mesmo vindo desde
00:09:21 ...de alguma forma se arranjam
00:09:27 Quando as algas se acumulam nas suas
00:09:32 Mas os peixes do recife
00:09:35 Em troca, as tartarugas dão aos peixes
00:09:44 Alguns, nem sequer
00:09:47 Balançam-se até próximo de
00:10:49 Com a sua carapaça
00:10:52 ...regressa agora
00:10:55 ...que poderão levá-la
00:10:58 ...através do imenso mar aberto...
00:11:02 ...onde as medusas nadam à deriva
00:11:14 Este movimento pulsátil
00:11:17 Cada impulso leva também
00:11:21 ...onde são aturdidos e consumidos.
00:11:27 Milhares de espécies diferentes de
00:11:31 ...como marinheiros
00:11:35 A maioria delas
00:11:42 Mas as medusas lua, às vezes, agrupam-se
00:11:52 Não sabem o que abaixo as espera.
00:12:04 Uma medusa monstruosa apanha-as
00:12:08 ...que pode ir até aos 10 metros de amplitude.
00:12:17 Os filamentos urticantes levam-nas,
00:12:22 ...onde serão dissolvidas
00:12:40 Por alguma misteriosa razão...
00:12:43 ...se chama a medusa "ovo frito".
00:12:59 As correntes oceânicas podem varrer
00:13:02 ...das ilhas do Canal da
00:13:08 As balsas de kelp à deriva,
00:13:12 ...duma das criaturas
00:13:16 Chama-se peixe-lua.
00:13:23 Este mede cerca de 1,5 metros,
00:13:26 Mas pode chegar a pesar
00:13:30 ...alimentando-se com uma delicada
00:13:38 Mas o peixe-lua não vem aqui
00:13:42 Vêem para que a meias luas os limpem.
00:13:48 É uma estação de limpeza
00:14:01 Parece que, desta vez,
00:14:17 As correntes são algo vital para a vida
00:14:23 Pela costa do Pacifico Norte...
00:14:25 ...arrastam-se nutrientes desde as
00:14:33 A estrela canasta
00:14:36 ...e abre os seus braços de serpentina
00:14:55 As pércebes também
00:14:58 Servem-se das suas pequenas patas
00:15:07 As translúcidas criaturas
00:15:10 ...chamam-se nudibrânquios.
00:15:13 Há milhares de variedades.
00:15:18 São parentes próximos
00:15:23 ...mas muito mais bonitos!
00:15:29 Estes são os nudibrânquios
00:15:31 Usam os seus capuchos
00:15:33 ...e então, lentamente expulsam
00:16:00 Os braços peludos das estrelas
00:16:07 Mas, em apuros...
00:16:08 ...são ainda melhores
00:16:20 O predador é uma estrela sol...
00:16:23 ...que comerá uma estrela pluma,
00:16:39 Mas prefere comer um suculento marisco...
00:16:43 ...especialmente, gostam de vieiras.
00:17:51 Esta devolveu-lhe a mordida?
00:18:06 Que paisagem fascinante!
00:18:08 É o lar de uma das mais raras
00:18:14 É realmente, uma selva de animais
00:18:20 Protegem-se a si mesmas com células
00:18:26 Mas há um predador que cobiça
00:18:32 É um nudibrânquio arco íris.
00:18:35 E é um ladrão.
00:18:38 Come tentáculos das anémonas tubo.
00:18:50 Mas não digere as células urticantes.
00:18:53 Em vez disso, passa-as para as
00:18:57 ...onde continuam a viver.
00:19:00 Agora, as células urticantes
00:19:11 A estrela sol voltou...
00:19:13 ...e vai devorar ao nudibrânquio,
00:19:21 Mas, como qualquer bom ladrão...
00:19:23 ...o nudibrânquio tem
00:20:07 O lord irlandês.
00:20:09 Pode esconder-se dos seus inimigos
00:20:16 Para o caranguejo,
00:20:20 Mas tem grandes defesas...
00:20:23 Pinças afiadas e uma carapaça
00:20:38 Este lord irlandês talvez tenha mordido
00:20:43 Antes de poder comer a sua ceia...
00:20:45 ...o caranguejo que soltar o apertão
00:20:54 E agora, uma peculiar
00:20:57 ...à vida doméstica
00:21:02 Apenas mede 25 centímetros
00:21:04 ...mas é muito mais forte do que parece.
00:21:08 Está a juntar mexilhões
00:21:11 Tem umas pinças
00:21:15 De fato, essas pinças têm a
00:21:19 Isso converte-o no animal do seu
00:21:26 Está usando as suas pinças como martelo
00:21:41 Agora sai para apanhar mais.
00:21:46 Aqui surge um problema.
00:21:54 Não estará a salvo
00:21:56 Se o encurralar ali...
00:21:57 ...o polvo poderá injetar-lhe
00:22:02 Algo me diz que não irá cair
00:22:12 A sua dispersão
00:22:15 "Não se metas comigo".
00:22:44 Se, mesmo assim,
00:22:47 ...talvez um bom golpe
00:23:26 A 1.600 kilómetros ao norte, nas
00:23:30 ...vive um polvo que é
00:23:36 O polvo gigante do Pacífico.
00:23:41 Este pesa cerca
00:23:43 ...mas pode alcançar mais de 90...
00:23:47 ...com tentáculos que poderão
00:24:20 É um mestre no disfarce.
00:24:23 À medida que se move, muda
00:24:27 ...para se adaptar
00:24:35 Este polvo está à espreita.
00:24:41 E a sua comida favorita é o caranguejo.
00:25:08 A sua vista é considerável...
00:25:10 ...mas ante a mais leve ameaça
00:26:10 Extrai cada pedacinho de carne...
00:26:16 ...depois, expulsa os restos.
00:26:26 Na selva de kelp, existe
00:26:30 ...entre predador e presa.
00:26:33 Mas as mudanças drásticas podem
00:26:42 Por exemplo, os ouriços do mar
00:26:47 Mas se a população de ouriços
00:26:56 Uma vez mais, há animais que ajudam a
00:27:05 Um deles é a enguia lobo.
00:27:10 Sem dúvida, um rosto
00:27:17 Mesmo parecendo um monstro...
00:27:19 ...é importante
00:27:25 As enguias lobo comem ouriços do mar.
00:27:29 E ali está a ceia!
00:28:17 Por isso, enquanto a enguia come
00:28:22 Tal como o caracol Triton ajuda
00:28:42 Cai a noite...
00:28:44 ...e com ela, começa a maior
00:28:52 Atraídos pela luz da lua...
00:28:54 ...vastos enxames de plancton
00:29:02 E seguindo-os por trás...
00:29:06 ...os caçadores noturnos...
00:29:09 Raias manta gigantes.
00:29:21 Podem alcançar 5,50 metros
00:29:27 Apenas se alimentam de plancton...
00:29:29 ...absorvendo milhões de diminutas
00:29:37 Nenhum predador do oceano
00:30:16 No Mar de Cortês...
00:30:18 ...peixes noturnos juntam-se
00:30:27 E subindo para se alimentarem deles...
00:30:30 ...as criaturas dos seus pesadelos...
00:30:36 As lulas de Humboldt.
00:30:39 Algumas medem mais de 1,80 metros
00:30:50 Mudam de cor
00:30:54 Talvez seja emoção.
00:30:59 Ou talvez seja uma ameaça.
00:31:03 Talvez até seja fúria!
00:31:08 Atacarão qualquer coisa.
00:31:11 Tubarões, humanos...
00:31:14 ...até se atacam entre eles!
00:32:16 Um naufrágio jaz no fundo do
00:32:22 Parece um deserto,
00:32:33 Assim, o naufrágio converteu-se
00:32:36 ...um refúgio
00:32:39 E alguns
00:32:54 O tubarão tigre areeiro.
00:33:10 Estes gostam de caçar aqui.
00:33:13 Mas há um vínculo surpreendente
00:33:20 Em vez de se ocultarem dos tubarões,
00:33:25 ...e usam-nos para se protegerem
00:33:32 E assim, os tubarões provêem outro tipo
00:33:37 ...ao irem de naufrágio em naufrágio
00:33:48 Entre tubarões limão e rémoras...
00:33:50 ...é fácil ver quem fica beneficiado.
00:33:53 Ao aliar-se ao tubarão, a rémora
00:34:00 Não estamos acostumados a pensar
00:34:08 Pode não parecer assim tão óbvio...
00:34:10 ...mas o recife sobrevive graças
00:34:17 Eles são parte do equilíbrio.
00:34:20 Sabemos que o equilíbrio
00:34:23 ...mas agora está a destruir-se.
00:34:49 Nos últimos 50 anos...
00:34:52 ...90 por cento dos peixes grandes
00:35:00 Estamos pescando mais do
00:35:10 A matança de tubarões é uma das
00:35:19 A pesca indiscriminada está a dizimar
00:35:26 Ecossistemas inteiros...
00:35:29 ...começaram a desintegrar-se.
00:35:39 Mas cada ano, oito noites
00:35:43 ...acontece algo milagroso.
00:35:52 Esta noite, no Golfo do México,
00:35:58 ...todo o recife de coral desovará.
00:36:10 Exatamente uma hora
00:36:12 ...os pólipos de coral começam
00:36:22 Os corais cérebro começam a
00:36:29 Depois, os corais estrela.
00:36:36 Como é que milhões
00:36:39 ...de todos estes corais...
00:36:41 ...escolhem este preciso momento,
00:36:45 ...para desovar?
00:36:50 Como é que animais
00:36:53 ...nem cérebro para pensar...
00:36:55 ...coordenam este evento
00:36:59 Isso continua a ser um mistério.
00:37:21 Estas galáxias sem rumo
00:37:29 A maioria se perderá
00:37:32 ...mas com alguma sorte, umas
00:37:36 ...se estabelecerão em algum
00:37:39 ...e darão origem
00:37:43 E a nova vida.
00:38:21 Não há muito tempo...
00:38:23 ...quase que não sabíamos nada sobre
00:38:29 Estamos agora começando a
00:38:39 Esta jovem baleia está tão interessada
00:38:54 Finalmente, estamos começando
00:38:57 ...a importância que tem uma
00:39:00 ...sobre e sob a superfície.
00:39:04 E está claro que o nosso
00:39:06 ...está unido ao delas.